sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

RELATO DA REUNIÃO GRUPO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL CASA BRASIL

A Casa Brasil vem realizando reuniões de educação ambiental a fim de tratar os problemas locais relacionado à esta área. Na sexta-feira, dia 12 de dezembro de 2009, ocorreu a última reunião do ano, tendo como integrantes do grupo de estudos sobre educação ambiental José, da AMBEV; Antonio Carbonera, da AREVIPA; Jacques Saldanha, agrônomo da SMAM POA; Rodrigo, Danielle, Airto e Carla da Casa Brasil; Maraglay, técnica do DMLU que atende a Unidade de triagem da AREVIPA; Anne, estudante da UFRGS e Beatriz Maria Berghahn da ONG MORADIA E CIDADANIA. Durante o relato da visita feita à AREVIPA há três meses para constatação das condições de trabalho das pessoas que atuam no local, foi apontado que as condições de ruído e de insalubridade do local continuam as mesmas, e a proliferação de ratos é crescente. Maraglay e o Sr Antonio, coordenador da Unidade de triagem AREVIPA, dialogaram sobre o assunto, tendo sido dada a informação de que tramita na SMOV da PMPA o projeto que visa diminuir o ruído daquele centro de triagem. José da AMBEV informou que existe na empresa uma política de pontuação para os setores e pessoas que fazem triagem de lixo adequadamente. Ele se prontificou a fazer o contato com a empresa terceirizada que produz o almoço no local, para que ela envie para a Casa Brasil o óleo de cozinha usado para reaproveitamento. Rodrigo fez a sugestão de que as atividades realizadas na Casa, tanto oficinas quanto cursos, devem prever no momento de elaboração dos projetos a inclusão de atividades de educação ambiental, pois apenas orientações esporádicas sobre práticas ecológicas não são suficientes para que os usuários se sensibilizem com a questão ambiental e mudem de hábito. Beatriz encaminhará esta proposta à Rita e Graça, responsáveis pela elaboração de projetos da Casa. Foi definido que deverá haver mais rigor e comprometimento por parte dos trabalhadores da CASA BRASIL, no sentido da separação correta do material descartável, reciclável, orgânico e reaproveitável. Será necessário maior comprometimento por parte de cada um dos integrantes da equipe da CB, para que sejam referências. Maraglay informou que se encarrega de podermos contar com os educadores ambientais da PMPA para estas ações nos projetos a serem executados na Casa Brasil. Rodrigo leu síntese noticiosa sobre a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, realizada em Copenhagen e o grupo compartilhou vários temas correlacionados. Apesar de toda a movimentação política em torno da questão, Jacques Saldanha falou que acredita que a mudança deve se dar a nível individual, consciente de sua responsabilidade para cobrar ações efetivas dos governos. Sobre coleta seletiva a ser implantada na Caixa: comentários do ambientalista Jacques Saldanha e de Maraglay deram conta de que a separação do material reciclável e reutilizável em seis diferentes tonéis é inviável e impraticável, sugerindo que é preferível que a separação se dê apenas entre dois tonéis: lixo secos e orgânicos. Após a reunião, foi realizada a visita à AREVIPA e constatadas as questões problemáticas do local. O grupo considerou o local insalubre, embora os trabalhadores tenham relatado que no momento o trabalho está sendo satisfatório. No final do encontro, Rodrigo ficou encarregado de verificar produtos de limpeza de menor impacto à natureza, Jacques Saldanha citou que existe uma lista no site www.nossofuturoroubado.com.br. O agrônomo ressaltou que o termo LIXO não deve ser utilizado porque disconfigura o que é o material, a importância da matéria-prima que constitui os resíduos, para que assim valorizemos o descarte, a separação e as pessoas que trabalham com esses materiais, desempenhando um papel muito importante à sociedade e ao meio-ambiente no ciclo produção-consumo-descarte. A questão da educação ambiental passa também pelas relações humanas, destacou Saldanha, e no caso do descarte do "lixo" é fundamental haver a aproximação das pessoas que descartam com as pessoas que trabalham com esse material, para que as pessoas ao descartar o "lixo" não achem que se livraram do problema, repassando a responsabilidade ao reciclador e para que este não naturalize os problemas e as poucas condições do seu local de trabalho. Beatriz citou que a parceria da CAIXA no projeto ATERROS SANITARIOS e DESTINÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, está para consulta pública no site da ABNT. O objetivo deste projeto é fazer com que os mais de 4.500 municípios do Brasil tenham mais adequação nos seus aterros, pois, mais da metade dos resíduos sólidos do Brasil, são dispostos SEM NENHUM CRITÉRIO TÉCNICO e cuidado com a proteção ambiental e a saúde pública.

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